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Do investimento social à cultura corporativa: a força do terceiro setor
Como iniciativas sociais fortalecem comunidades e geram valor estratégico para o setor privado.
Nos últimos anos, o terceiro setor tem se fortalecido como uma ferramenta estratégica para reduzir desigualdades e promover justiça social no Brasil. Em 2025, o país conta com mais de 897 mil Organizações da Sociedade Civil (OSCs) ativas, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), atuando em áreas como educação, saúde, cultura, meio ambiente e inclusão produtiva. Só o estado de São Paulo concentra 181.848 OSCs, o que representa cerca de 20% do total nacional.
Embora a garantia de direitos fundamentais — como educação, saúde e moradia — esteja prevista no artigo 5º da Constituição Federal, sabemos que o poder público não supre todas as demandas da população. A complexidade da gestão pública, aliada à desigualdade na distribuição de recursos e à limitação da arrecadação, cria lacunas importantes na efetivação desses direitos. É nesse cenário que o terceiro setor se torna essencial, desenvolvendo atividades onde o Estado não chega e criando pontes entre a população e a garantia de direitos. E, para que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) possam atuar de forma digna e autônoma é necessário, em grande parte, do apoio de empresas e pessoas físicas comprometidas com o fortalecimento de iniciativas sociais.
Além do número expressivo de organizações, destaca-se o fortalecimento de parcerias estruturadas entre empresas e iniciativas sociais. Modelos de colaboração de longo prazo ganham espaço, ampliando o impacto das ações e integrando o setor privado às modificações sociais nos territórios. Entidades como o GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), o IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) e outras redes têm contribuído para organizar o campo e fomentar boas práticas. Ao mesmo tempo, cresce a necessidade de mobilizar a sociedade como um todo — setor público, privado e indivíduos — para virar a chave: a responsabilidade por um mundo mais justo não é mais apenas do Governo. Ela se estende a todos que reconhecem seu papel na construção coletiva do presente.
O papel do Instituto Cury
É com essa perspectiva que surge o Instituto Cury — uma iniciativa que amplia a atuação social da Cury Construtora, com uma abordagem conectada aos territórios e às pessoas. Mais do que um pilar social, somos um motor que movimenta oportunidades nas comunidades e também dentro da própria empresa.
Atuamos com uma estratégia que está em sintonia com a agenda ESG da empresa, o que garante coerência entre os investimentos sociais e os compromissos da companhia. Quando as frentes de impacto caminham ao lado dos objetivos do negócio, os projetos ganham potência e sentido do começo ao fim — como nos projetos 360°, que articulam formação, geração de renda e retorno prático para a empresa.

Por meio desses projetos, investimos não apenas em formação e geração de renda para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, mas também retroalimentamos a Cury com soluções sustentáveis. Um exemplo é o projeto Ciclo ReFeito, em parceria com o Instituto Entre o Céu e a Favela, que formará mulheres em costura, ressignificando resíduos têxteis dos uniformes da construtora, transformando-os em brindes e produtos que serão comprados para eventos da empresa, fechando assim um ciclo virtuoso.

Outro destaque é o projeto Sabores do Coletivo, em parceria com o Gastronomia Periférica, que capacita mulheres na área da gastronomia com foco em sustentabilidade e geração de renda. Essas mulheres se tornam multiplicadoras do combate ao desperdício, aprendendo o aproveitamento total dos alimentos e encontram no conhecimento culinário um caminho para autonomia e fortalecimento financeiro, por meio de serviços de catering, buffet entre outros.

Além disso, investimos no esporte como ferramenta de desenvolvimento de habilidades socioemocionais, especialmente entre crianças, jovens e pessoas com deficiência (PCD). Um exemplo é o projeto Respeita o Corre, realizado em parceria com o Instituto Athlon, na Vila Olímpica da Gamboa (RJ). A iniciativa oferece aulas gratuitas de atletismo para pessoas com e sem deficiência, promovendo inclusão e valorização das diversidades.
Para além do treino físico, o Respeita o Corre busca fortalecer a autoestima, o senso de pertencimento e abrir novas possibilidades de desenvolvimento pessoal e social para os participantes — ampliando horizontes e reconhecendo potências.
A nossa atuação reforça a potência do investimento social privado quando alinhado a uma estratégia de impacto e escuta ativa dos territórios. Ao integrar educação e esporte, nos comprometemos com um presente mais justo — e, ao mesmo tempo, contribuímos para uma cultura corporativa mais consciente e conectada com os desafios sociais do país.
Porque mudar realidades fora dos muros da empresa também modifica o que acontece dentro dela.
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